Mulher Abacaxi
Aí está você, todo pimpão, pulando o carnaval como nunca. Blocos e mais blocos, um baile após o outro. Celular ficou em casa, desligado, pra ninguém te interromper. A folia está correndo solta, e nada vai atrapalhar sua diversão.
Pra embalar ainda mais sua já intrépida disposição carnavalesca, necessário um acessório básico: pinga! Amarela, branquinha, cerva, loura gelada, vodka. Não importa o tipo, cor ou gradação alcoólica. Pinto na frente, sorveu. Preocupar-se com ressaca é coisa de amador. Esses detalhes irrelevantes só devem ser abordados na quarta-feira de cinzas.
Agora, apesar de normalmente carnaval ser sinônimo de bebedeira, cuidado com alguns efeitos colaterais desagradáveis. O mais temido deles é a síndrome do dia seguinte. É um daqueles casos em que sua visão está turva, seu discernimento há muito escorreu pelo bueiro, e aí decides catar uma mina. Mirou naquele peixão, aquela com pele de pêssego maduro e rosado e BAM! Deu o golpe fatal. Conseguiu convencer a princesa a ir até o seu matadouro.
Porém na manhã seguinte, estás apossado pelo horror! A tetéia, que pensavas ser uma sílfide, verdadeira mulher pêssego, mostrou-se na realidade uma mulher abacaxi. Quem mandou encher os cornos de birita na noite anterior?