Podem falar o que quiser, espernearem, se rasgarem todos de inveja. Mas a verdade é que Maurício de Souza é o Walt Disney Tupiniquim. Ele e sua turminha de personagens adorados por várias gerações de leitores, são o maior “Case” de sucesso nacional no ramo dos quadrinhos. Os noventa e quatro anos de publicação ininterrupta dos gibis da Turma da Mônica que o digam!
E lá do alto do MônicaVerse desce uma enxurrada de novidades do Tiozão Maurício. Vem aí uma mega-saga envolvendo Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali, num crossover sensacional com o Universo Marvel. Serão tantas mudanças, que até a numeração das revistinhas da turma será zerada. De novo. Pela milésima vez.
A desculpa oficial é tratar-se de um evento comemorativo dos 80 anos de Maurício de Souza, das 100 edições em parceria com a Editora Panini, e não sei mais que diabo a quatro. Papo furado. Na verdade, é mero caso de economia de tinta: gasta-se menos para imprimir dois dígitos do que três, na capa.
Não tem jeito, mudança anunciada, mudança efetuada. Não que isso vá fazer alguma diferença, pois vou continuar lendo os gibis do mesmo modo.
Legal mesmo é que, depois de uns 180 anos de reivindicação, greves e piquetes, agora os criadores envolvidos na produção dos quadrinhos da Turminha terão seus nomes, identidades e CPFs devidamente creditados nas histórias. Bonito isso! Até escorreu uma lágrima furtiva aqui do canto de olho. Valeu Maurício. Todos nós, roteiristas, desenhistas, arte-finalistas, agradecemos.
Só que aqui na Usina Cartum continua valendo a lei da chibata! Todo mundo trabalhando por salários de fome, sem direito a férias, 13º, nada! Só queremos saber de Créditos, na nossa conta bancária! Parafraseando os poetas do Biquini Cavadão…
“Somos do povo, somos uns Zés Ninguém!
Aqui embaixo as leis são diferentes..”